Advogada Anna Christine Carloto lança livro sobre compliance inteligente e destaca o uso da IA na governança empresarial

Residente nos Estados Unidos há cinco anos, a advogada Anna Christine Carloto tem construído uma trajetória marcada pela combinação entre conhecimento jurídico, visão empreendedora e impacto social. Formada há mais de uma década e especialista em Direito Empresarial, ela também atua como palestrante e lidera o ministério de mulheres empresárias “Empreendedoras com Propósito”, da Igreja Atitude Batista de Orlando. Agora, sua experiência ganha novas dimensões com o lançamento de sua mais recente obra.

Lançamento aborda governança acessível e tecnologia aplicada

No dia 5 de setembro, Carloto apresentou ao público o livro “Compliance inteligente e Direito Empresarial: o papel da Inteligência Artificial na estruturação de modelos corporativos éticos, escaláveis e regulatórios”. A obra traz uma proposta inovadora para democratizar o acesso a boas práticas de governança corporativa, especialmente entre pequenas e microempresas — segmentos onde a informalidade e a falta de orientação jurídica ainda são obstáculos.

O livro parte de uma análise crítica sobre a informalidade no empreendedorismo e desmistifica o processo de legalização dos negócios.
“Muitos empreendedores evitam a formalização por medo da burocracia, mas o livro mostra como a estruturação legal pode ser simples, acessível e altamente benéfica”, afirma a autora.

Compliance além das grandes corporações

Ao contrário da visão comum que relaciona compliance apenas a grandes empresas, Carloto defende sua aplicação desde os primeiros passos de qualquer negócio. A autora apresenta ferramentas práticas e adaptáveis, como:

• checklists inteligentes

• mapas de risco

• planos de ação

• códigos de ética escaláveis

Segundo ela, quando incorporada desde cedo, a governança se torna parte natural da rotina empresarial, reduzindo riscos e fortalecendo a sustentabilidade do negócio.

IA como aliada estratégica da governança

Um dos destaques da obra é a aplicação da inteligência artificial como meio de tornar o compliance mais eficiente, intuitivo e econômico. Carloto apresenta modelos de automação para leitura de documentos legais, monitoramento de prazos, análise de riscos e geração de relatórios personalizados, configurados conforme o perfil de cada empresa.

“A IA, quando aliada ao compliance jurídico, atua agilizando processos que levariam horas ou até dias para serem executados manualmente”, explica.

Essa combinação, segundo a autora, reduz custos operacionais, aumenta a segurança jurídica e expande a capacidade das pequenas empresas de se manterem competitivas em mercados regulados.

ESG integrado à legalidade

A obra também destaca a importância de alinhar as práticas de ESG (ambiental, social e governança) às diretrizes legais. Para Carloto, iniciativas superficiais de sustentabilidade, sem respaldo jurídico, podem gerar riscos sérios.

“Integrar o ESG aos contratos, às políticas internas e à cultura da empresa é essencial para garantir um crescimento sustentável e legal”, reforça.

Inclusão jurídica para empreendedores imigrantes

Com sensibilidade e vivência prática, a autora dedica um capítulo aos desafios enfrentados por imigrantes empreendedores, sobretudo nos Estados Unidos. Entre as barreiras mais comuns estão:

• dificuldades linguísticas

• diferenças culturais

• desconhecimento das normas locais

Carloto sugere caminhos para um atendimento mais inclusivo, bilíngue e adaptado às necessidades dessa comunidade crescente.

Inovação com propósito

Na conclusão, a advogada propõe uma reflexão sobre o futuro das relações empresariais e o papel da tecnologia na construção de modelos mais conscientes. Para ela, legaltechs inclusivas, inovação responsável e ética corporativa são pilares essenciais para transformar comunidades e fortalecer o ecossistema empresarial.